Lipidose Hepática Felina: entenda esta doença.
A lipidose hepática felina foi descrita pela primeira vez em 1977 e atualmente é a doença hepática que mais acomete os gatos.
É uma patologia proveniente de um acúmulo de gorduras nas células do fígado, que em casos mais graves pode levar o animal ao óbito. Ocorre quando há um desequilíbrio entre as taxas de deposição e mobilização de gordura a partir do fígado.
A doença ocorre quando por algum motivo, o gato pára de se alimentar. Em alguns felinos apenas três dias sem se alimentar já é tempo suficiente para a doença se instalar. Em outros gatos, porém mesmo um período prolongado não chega a desenvolver lipidose. Quando o gato para de alimentar seu organismo começa a utilizar a gordura armazenada no corpo como fonte de energia. O gato tem um mecanismo fisiológico que não lhe permite usar corretamente essa via, por isso vai acumulando gordura nas células hepáticas e dessa forma sua função fica muito prejudicada.
Letargia (sono), vômito, perda de peso e hipersalivação são sinais clínicos que podem indicar lipidose felina, porém o mais consistente de todos é a anorexia (ausência de apetite) prolongada.
A icterícia é um sintoma bastante comum. O gato apresenta a pele e a parte branca do olho bastante amareladas devido ao pigmento biliar que é depositado nos tecidos.
O diagnóstico dessa doença é baseado nos sinais clínicos, avaliação laboratorial e às vezes biópsia do fígado. É preciso também descobrir o fator que causou a falta de apetite, que muitas vezes pode estar relacionado a uma situação de estresse.
O principal tratamento consiste em dar suporte nutricional adequado ao gato. Normalmente, com uma terapia nutricional correta, uma grande parcela dos gatos afetados se recupera dentro de três a quatro semanas.
Consultar um médico veterinário assim que o felino apresentar qualquer sinal de anormalidade é a maneira mais correta de estabelecer um diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior será a chance de cura.
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